domingo, 15 de janeiro de 2012

Projeto internacional pretende produzir detergentes, filmes e suplementos alimentares de restos vegetais

Cada ano é gerado cerca de 192 milhões de toneladas de resíduos de frutas e produtos hortícolas na Europa. Na Espanha, cerca de 90 milhões. Para dar uma nova utilização para estes subprodutos (que não são apenas resíduos, cada vez mais estão sendo tomadas iniciativas para utilizá-los ao invés de usar petróleo),estão sendo criados novos produtos químicos oriundos dessas matérias-primas renováveis.Neste sentido, a empresa espanhola Tecnalia deu um passo mais adiante: criou um projeto internacional,o Transbio, que irá desenvolver detergentes, filmes para embalar alimentos e suplementos alimentares usando restos de frutas e produtos hortícolas. Assim, "em vez de petróleo ou aditivos químicos, usaremos microorganismos para quebrar as fibras e obtermos açúcares destes subprodutos." "Estes se fermentarão e produzirão não só biopolímeros, mas também moléculas e enzimas", explica Maria Carmen de Villarán,gerente de Bioprocessos e conservação da Tecnalia .
O projeto, que apenas começou e vai demorar quatro anos, criará detergentes para lavar roupa e para uso industrial mais verde, suplementos alimentares ao produzir moléculas de ácido sulfínico obtido hoje do petróleo com a mesma qualidade e filmes de PHB(orgânico e biodegradável) para revestir bandejas de carne, frango... que também será mais baratos do que os atuais biopolímeros.”Os bioplásticos atuais são quatro vezes mais caros do que o petróleo. O nosso, de origem biotecnológica, terá o mesmo preço do petróleo reduzindo o custo da matéria-prima”, concluiu Villarán. Em última análise, as novas soluções de biotecnologia permitirão que em algum dia se não for alcançado, pelo menos estarmos mais perto do objetivo de zerarmos a produção de resíduos.

Fonte: http://www.larazon.es

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