segunda-feira, 13 de junho de 2011

A Espanha na vanguarda dos bioplásticos

Cientistas espanhóis desenvolveram um novo conjunto de produção de bioplásticos que pode reduzir até 30% o custo de produção em escala industrial. A pesquisa foi conduzida pela Dra. Maria Auxiliadora Brito do Centro de Investigações Biológicas, um organismo do Conselho de Pesquisas Científicas (CSIC).
Os problemas de poluição ambiental que está causando o uso de plásticos convencionais têm levado a um enorme interesse no estudo e implementação de processos sustentáveis, que permitem a produção de novos materiais plásticos a partir de resíduos gerados da agricultura, indústria ou urbanos. A produção biotecnológica de plásticos gerados por bactérias é uma das alternativas a serem consideradas para reduzir a dependência do petróleo pela indústria de plásticos, causando uma redução de resíduos sólidos e uma redução de emissões gases que causam o aquecimento global.
Com este ponto de partida e depois de vários meses de investigação, a equipe do Dr. Prieto em colaboração com a Estação Experimental do CSIC gerou uma cepa recombinante da bactéria Pseudomonas putida capaz da auto-destruição e liberação controlada de acumulado bioplástico, que facilita o processo de purificação do material em escala industrial. Na verdade, com este novo procedimento poderá se diminuir em 30% o custo da produção de plástico e reduzir o uso de grandes quantidades de solventes orgânicos poluentes, coquetéis enzimáticos ou detergentes, uma vez que as bactérias facilitam a remoção de bioplástico.
A pesquisa gerou uma patente que foi licenciada pela empresa espanhola SL Biopolis especializada em biotecnologia microbiana, que desenvolve processos para a produção de compostos produzidos por microrganismos, tais como novas enzimas e compostos bioativos.
Além disso, como parte deste projeto, o grupo do Dr. Prieto está gerando bioplásticos de segunda geração que pode ser modificado em sua estrutura química, tendo sido produzidas por bactérias. Esta particularidade permite que o bioplástico adquira as propriedades necessárias para gerar um produto específico, como a cor, elasticidade e resistência, entre outros. Com esta nova adição, a pesquisa tem aumentado o valor desta tecnologia tornando os biomateriais mais competitivos.


Fonte: http://www.ecoticias.com

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