sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Estudo de mercado para as embalagens de bioplásticos até 2020

A demanda global de embalagens de bioplástico tem previsão para chegar a 884 mil toneladas em 2020. Com uma CAGR de 24,9% e esperada desaceleração em 2010-15 indo para 18,3% em cinco anos até 2020. Segundo um novo estudo de envergadura realizado pela empresa Pira International, uma nova geração de bioplásticos vão ser os principais motores de procura no mercado de embalagens, mudando gradualmente a partir de polímeros biodegradáveis e compostáveis para biopackaging à base de materiais renováveis e sustentáveis.
Com base em pesquisa primária e análise de especialistas,a Pira Internationalrealizou um estudo denominado ”The Future of Bioplastics for Packaging to 2020: Global Market Forecasts” que analisou as principais oportunidades e tendências futuras modelando a indústria, prestação de fornecedores de matéria prima, processadores e fornecedores de equipamentos com as previsões de dez anos. O relatório identifica cerca de 50 fornecedores de biopolímeros para embalagens, e apresenta previsões tecnológicas e de mercado para 2020 para as embalagens de bioplástico por tipo de produto,setor de destino, tipo de embalagem e região geográfica.
Os bioplástico são definidos no relatório como materiais que sejam biodegradáveis, compostaveis e derivados de fontes renováveis e não renováveis, ou materiais que não são biodegradáveis e provenientes de recursos renováveis.
A partir de 2010 a tecnologia do bioplástico deverá mudar com a comercialização de bioplástico produzido de materiais geneticamente modificados (GM) e a introdução de não-biodegradáveis de polietileno e bio-derivados de PE.A empresa que realizou o estudo espera que estes materiais representam um quarto da demanda do mercado total de embalagens de bioplástico em 2020.É previsto que os Polihidroxialcanoatos (PHA) atingiram um CAGR de 41% e os bio-derivado PE um escalonamento de 83% no período.
Existe ainda uma previsão que as Tecnologias tradicionais de embalagens de bioplástico à base de celulose, amido e poliéster mostrarão um declínio na participação de mercado para 2020.
O mercado de embalagens de bioplástico é altamente concentrado, com os cinco principais fornecedores atualmente responsáveis por mais de 50% da demanda do mercado. A empresa Pira prevê grandes mudanças entre as fileiras dos principais fornecedores de embalagens de bioplástico nos próximos cinco a dez anos. Grandes empresas petroquímicas, incluindo a Braskem, Dow Química e a Solvay estão programadas para começar a produção de PE bio-derivado em 2012 nas instalações em escala industrial no Brasil. Essas empresas deverão ser empurradas para o topo do ranking de produtores de bioplástico ao longo dos próximos cinco anos. A Telles, uma joint venture produtora de PHA, também é esperada se tornar um player mundial.

Várias empresas chinesas são conhecidas por estarem investindo em programas de grande capacidade de expansão que deverão colocá-las em posições de liderança no mercado. Segundo o estudo, novas tecnologias surgirão no decorrer dos próximos dez anos. O produtor de bioplásticos dos EUA Cereplast, por exemplo, está planejando lançar uma gama de resinas à base de algas até o final de 2010. Além disso, várias empresas estão explorando o desenvolvimento de bioplásticos utilizando dióxido de carbono como matérias-primas.
O potencial de um processo que converta resíduos do dióxido de carbono em um produto útil é enorme, mas se o material produzido com esta técnica será comercialmente viável dependerá em última análise se estes novos polímeros são rentáveis para a produção. Um novo bioplástico à base de açúcar que pode ser obtido a partir de culturas não-alimentares produzidos através de um processo de uso de baixa energia também é cotado para chegar ao mercado dentro dos próximo s cinco anos.
As embalagens rígidas têm uma quota prevista de 52,0% do mercado de embalagens de bioplástico em 2010, de acordo com a Pira, com a as embalagens flexíveis tendo os restantes 48,0%. A Europa é o maior mercado regional para as embalagens de bioplástico com mais da metade da tonelagem mundial em 2010. Ela se Beneficia do consumo e atitudes favoráveis do varejo para com as embalagens sustentáveis, das políticas de apoio do governo para a reciclagem de resíduos de embalagens e uma infra-estrutura bem desenvolvida de compostagem.
Embora a América do Norte atualmente esteja atrás da Europa em termos de embalagens de bioplástico, o consumo do governo, e atitudes do consumidor estão mudando. A Pira espera que a América do Norte e Ásia mostrem taxas de crescimento maiores do que a Europa para a embalagem de bioplástico no período previsto. O Japão representa a parte de leão das embalagens de bioplástico da Ásia, principalmente como resultado de iniciativas governamentais de apoio ao desenvolvimento favorável do mercado de bioplásticos.



Fonte: www.pira-international.com

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