sábado, 5 de setembro de 2009

Laboratório pesquisa plástico biodegradável


O Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA), inaugurado no mês de maio, na Embrapa Instrumentação Agropecuária, em São Carlos (SP) já iniciou pesquisa com plásticos biodegradáveis. Os polímeros, como são chamados, serão produzidos a partir de fontes renováveis e aplicados no agronegócio, uma área que apresenta enorme potencial de uso de filmes comestíveis para consumo final e para recobrimento de alimentos, tubetes biodegradáveis na formação de mudas, em filmes biodegradáveis para aplicação em campo aditivados com insumos agrícolas, entra outros.
O pesquisador José Manoel Marconcini informou que já estão sendo realizados os testes de resistência mecânica com amostras de plásticos biodegradáveis contendo nanoestruturas de origem natural em sua formulação. "A pesquisa tem como proposta encontrar um plástico para ser usado em embalagens de todos os tipos, do pote de margarina à garrafa de refrigerante".
Em países desenvolvidos, o consumo per capita anual de plásticos em geral é da ordem de 60 kg ao ano. Nos Estados Unidos, 30% do volume total de lixo produzido diariamente é constituído de plásticos. Já na cidade de São Paulo, são produzidas 12 mil toneladas por dia de lixo, dos quais cerca de 10% constituem-se de material plástico.
De acordo com Marconcini, o plástico biodegradável é alternativa aos não-biodegradáveis principalmente em casos onde não há reciclagem. Segundo ele, esses plásticos se degradam sob a ação de organismos vivos e por meio de reações abióticas tais como fotodegradação, oxidação e hidrólise, que podem alterar o polímero devido a fatores ambientais. Os microorganismos se alimentam do plástico, liberando gás carbônico CO2 e água, como produtos finais.

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